Griz,
um desajeitado urso cinzento de 280 quilos, revolvia seu almoço no
Wildlife Imagens, um centro de reabilitação de animais perto de
Grants Pass,
no Oregon.
No balde de comida de Griz, com capacidade de 4 litros, havia maças, laranjas, verduras, ração, frango e carne de cervos mortos na estrada - um banquete que ele devorava com tamanho prazer que sequer notou a presença de um gatinho rajado laranja, de dois meses de idade, que estava na cerca do cercado dos ursos.
O filhote, que pesava uns 200 gramas, tinha sido deixado no abrigo e estava perdido e faminto. Aproximando-se cautelosamente de Griz, o gatinho sentou-se perto dele e miou pedindo comida.
Quando Griz desviou os olhos do seu almoço e contemplou a minúscula criatura, Dave Siddons, o fundador do abrigo, observou alarmado.
- Ai, meu Deus! - pensou - Griz vai comer esse filhote.
Mas Dave nunca conseguiria alcançar o filhote a tempo. A qualquer momento, Griz sem dúvida lhe daria uma patada e o mataria para comê-lo de sobremesa.
Embora Griz fosse um animal de índole extremamente dócil, ele poderia ser tão violento como qualquer outro urso quando estava caçando para comer.
Quando filhote, um trem o havia atropelado e danificado seu cérebro enquanto ele catava grãos espalhados no chão, perto da estrada de ferro
de Montana. Uma tribo de nativos o colocara num caixote e o mandara inconsciente para Dave que, com a ajuda de sua equipe, tratara do animal
e o alimentara por semanas, fazendo com que comesse em sua mão.
No entanto, o urso não seria gentil a ponto de não matar o gatinho.
Cerrando os dentes, Dave preparou-se para a tragédia.
Griz olhou para o filhote e não fez nada. Então pegou uma asa de frango do monte de comida, tirou com a boca um pedacinho de carne e colocou-o no chão, ao lado da pata, para o filhote. O bichano atacou a comida, devorando-a no ato. Griz alimentou-o com mais alguns pedaços. Nesse mesmo dia, um pouco mais tarde, o gatinho aconchegou-se no peito do urso, na curva do braço, e tirou uma soneca com ele. Desse dia em diante, mesmo depois que o filhote tornou-se um gato adulto e ganhou o nome de "Cat", Griz continuou dividindo com ele sua comida.
Eles também brincavam juntos como bons amigos. Cat escondia-se atrás dos pinheiros que ficavam no cercado de Griz e saltava de repente pulando sobre o focinho do urso. Este muitas vezes carregava Cat na boca ou deixava que ele subisse em suas costas.
Às vezes Griz lambia Cat até deixá-lo com o pêlo brilhando, e à noite eles dormiam juntos.
Uma amizade difícil de acreditar? De fato. Mas prova que a compaixão pode ser o primeiro passo para que os animais - e os seres humanos - vivam em harmonia.
no Oregon.
No balde de comida de Griz, com capacidade de 4 litros, havia maças, laranjas, verduras, ração, frango e carne de cervos mortos na estrada - um banquete que ele devorava com tamanho prazer que sequer notou a presença de um gatinho rajado laranja, de dois meses de idade, que estava na cerca do cercado dos ursos.
O filhote, que pesava uns 200 gramas, tinha sido deixado no abrigo e estava perdido e faminto. Aproximando-se cautelosamente de Griz, o gatinho sentou-se perto dele e miou pedindo comida.
Quando Griz desviou os olhos do seu almoço e contemplou a minúscula criatura, Dave Siddons, o fundador do abrigo, observou alarmado.
- Ai, meu Deus! - pensou - Griz vai comer esse filhote.
Mas Dave nunca conseguiria alcançar o filhote a tempo. A qualquer momento, Griz sem dúvida lhe daria uma patada e o mataria para comê-lo de sobremesa.
Embora Griz fosse um animal de índole extremamente dócil, ele poderia ser tão violento como qualquer outro urso quando estava caçando para comer.
Quando filhote, um trem o havia atropelado e danificado seu cérebro enquanto ele catava grãos espalhados no chão, perto da estrada de ferro
de Montana. Uma tribo de nativos o colocara num caixote e o mandara inconsciente para Dave que, com a ajuda de sua equipe, tratara do animal
e o alimentara por semanas, fazendo com que comesse em sua mão.
No entanto, o urso não seria gentil a ponto de não matar o gatinho.
Cerrando os dentes, Dave preparou-se para a tragédia.
Griz olhou para o filhote e não fez nada. Então pegou uma asa de frango do monte de comida, tirou com a boca um pedacinho de carne e colocou-o no chão, ao lado da pata, para o filhote. O bichano atacou a comida, devorando-a no ato. Griz alimentou-o com mais alguns pedaços. Nesse mesmo dia, um pouco mais tarde, o gatinho aconchegou-se no peito do urso, na curva do braço, e tirou uma soneca com ele. Desse dia em diante, mesmo depois que o filhote tornou-se um gato adulto e ganhou o nome de "Cat", Griz continuou dividindo com ele sua comida.
Eles também brincavam juntos como bons amigos. Cat escondia-se atrás dos pinheiros que ficavam no cercado de Griz e saltava de repente pulando sobre o focinho do urso. Este muitas vezes carregava Cat na boca ou deixava que ele subisse em suas costas.
Às vezes Griz lambia Cat até deixá-lo com o pêlo brilhando, e à noite eles dormiam juntos.
Uma amizade difícil de acreditar? De fato. Mas prova que a compaixão pode ser o primeiro passo para que os animais - e os seres humanos - vivam em harmonia.
Um comentário:
Linda história Alicinha!
bjs
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